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MC 03 – Como compor o “social” a partir de nossos objetos de estudo? Uma introdução à Teoria Ator-Rede diante da emergência climática

A emergência climática nos é atual, mas revela um desafio epistemológico bastante antigo. Conforme nos lembra Bruno Latour, para se orientar politicamente no antropoceno é preciso aterrar. O campo de estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) pretende tornar evidentes as conexões existentes entre fatos e artefatos técnico-científicos e a sociedade em que vivemos. Neste contexto, a Teoria Ator-Rede surge como um caminho para compreender que isso não significa aproximar o conteúdo científico do contexto social, mas reformular toda a nossa maneira “moderna” de construir conhecimento. Ou seja, reconhecer que tanto os fatos como os valores são deliberados e decididos (Latour, 2004, p. 248), que a sociedade, assim como a natureza, não é uma instância pré-estabelecida. Para a Teoria Ator-Rede, o social precisa ser (re)composto a cada objeto híbrido que criamos. Mas, como fazer isso com um “objeto de estudo” em mãos? Como enxergar as implicações políticas, econômicas, culturais, ideológicas, ético-morais, etc.? Como percebê-lo como um híbrido de natureza e cultura? Os livros de Bruno Latour estão repletos de exemplos de procedimentos metodológicos, todavia atribuir ação aos mesmos é um desafio que cabe a nós pesquisadores. Conforme o próprio autor disse ao final do livro Jamais fomos modernos, “[…] eu realizei meu trabalho de filósofo e de constituinte [da constituição não moderna] quando reuni os temas esparsos da antropologia comparada. Outros [nós] saberão convocar este parlamento” (Latour, 1994, p. 142). Assim, o objetivo deste minicurso é apresentar exemplos práticos sobre como reagregar o social em nossas pesquisas científicas. Sua base empírica são teses de doutorado que, para fazer ciência na democracia, optaram por compor o social ou a rede sociotécnica de seus antigos “objetos de estudo”. O minicurso será dividido em três sessões, nas quais serão abordadas as seguintes questões: a) Como utilizar as justificativas de nossos estudos técnicos para obter pistas sobre o social que precisamos compor? b) Como identificar os “fluxos sanguíneos” da ciência? c) Como tornar o conhecimento científico mais situado? d) Como acrescentar práticas de mediação às de purificação e traçar a dimensão não moderna de estudos científicos? e) Como caracterizar a ontologia de geometria variável? f) Como fixar grampos a fim de manter o “social” plano e não saltar rapidamente do conteúdo para o contexto, ou do local para o global? Estas questões serão abordadas nas referidas teses para caracterizar os objetos como híbridos de natureza e cultura, sendo ao mesmo tempo natural-social, científico-político e local-global. Será proposto, ainda, um diálogo com as pesquisas do(a)s inscrito(a)s no minicurso.

Viviane Fernandez de Oliveira (Coordenadora)UFF
Edilaine Albertino de Moraes (Proponente)UFJF
Florence Mendez Casariego (Proponente)UERJ
Fátima Teresa Braga Branquinho (Proponente)UERJ

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