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GT22 – Saberes Psi e Campo CTS: naturezas, formas de existência e modos de subjetivação em territórios variados

Resumo: Este grupo de trabalho visa refletir sobre tecnologias de cuidado e processos de produção de subjetivação presentes no campo dos saberes e práticas psi, sem qualquer juízo sobre sua cientificidade ou eficácia, ou divisão entre conhecimento legítimo ou ilegítimo. Serão considerados estudos voltados aos conhecimentos e práticas das neurociências, psiquiatria, psicologia, psicanálise, etologia, coaching que abordem, sob diferentes perspectivas, dispositivos, políticas e técnicas presentes, de um lado, nas práticas terapêuticas, itinerários, agenciamentos sociais, saberes científicos, locais e/ou tradicionais mobilizados por sujeitos e coletividades em relação a processos de saúde-adoecimento; e de outro, políticas públicas e ações do Estado, atravessados por processos de institucionalização e desinstitucionalização de serviços e redes de atendimento em saúde mental. A intenção é ampliar a compreensão e interlocução entre trabalhos que problematizam a construção de saberes e técnicas que tomam a esfera psicológica como campo de atuação e que envolvam questões de gênero, espécie, raça, classe, etnia, entre outros marcadores sociais da diferença como experiências de sofrimento, aflição, perturbação e adoecimento enquanto processos de subjetivação. Também serão bem vindas propostas teóricas e empíricas que articulem a crítica dos binômios indivíduo/sociedade, natureza/cultura e objetividade/subjetividade ao estudo dos modos de subjetivação hegemônicos no capitalismo tecnocientífico. Esta linha de pesquisa tem estado presente em eventos de Estudos CTS nacionais como os ocorridos no Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai. Nosso desejo é propor este campo de estudos em diversos cenários nacionais (mas acolhendo estudos estrangeiros) por meio do Simpósio Esocite, pensando nossa especificidade na produção destes modos de conhecimento.

Coordenadores: Arthur Arruda Leal Ferreira (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Maria Carolina de Araujo Antonio (UEL)
Debatedor: Vitor Simonis Richter (Fiocruz)

17/09/2025 – Sessão 01

  • Horário: 14:00 – 16:00
  • Local: Mirante do Rio – sala 306 (3o andar)

A relação entre a psicologia e as medicinas indígenas na prática de indígenas psicólogas da Amazônia brasileira – Robert Damasceno Monteiro Rodrigues (UFPA)

A psicologia tem atuado nas políticas públicas de saúde indígena há mais de duas décadas, com avanços como a regulamentação da Política de Atenção Integral à Saúde Mental das Populações Indígenas e o protagonismo de indígenas psicólogas. Contudo, persistem desafios no diálogo entre os saberes psicológicos e as medicinas indígenas. Esta pesquisa de doutorado investiga essas relações a partir das práticas de psicólogas indígenas inseridas na saúde indígena na Amazônia. As medicinas indígenas são compreendidas como um conjunto ancestral de saberes e práticas que articulam dimensões físicas, espirituais, sociais e cosmológicas. Já a psicologia, enraizada na racionalidade ocidental, tende a separar corpo e mente, indivíduo e sociedade. A pesquisa parte da psicologia social crítica, com base no materialismo histórico-dialético, e propõe uma escrita etnográfica centrada no campo como espaço de produção de sentido. Os dados vêm de entrevistas, observações e diário de campo. Resultados preliminares apontam para: (1) a centralidade do campo na estruturação da pesquisa; (2) o vínculo entre memória e práticas de cuidado; (3) a limitação da formação em psicologia para contextos interculturais; e (4) a crítica à generalização de categorias ocidentais nos serviços de saúde mental. A prática dessas psicólogas aponta para a urgência de reconhecer saberes diversos e superar o cientificismo excludente. Com inspiração em autores como Krenak e Kopenawa, a pesquisa reafirma que a floresta e os povos indígenas são centrais na construção de novos modos de compreender e produzir cuidados em saúde.


Rompendo com a subjetivação do negro/a: um novo olhar coproducionista sobre a raça – Joanna Mendes Vale (UNB)

O presente artigo busca mostrar como a identidade nacional da sociedade brasileira foi baseada em princípios racistas, nos quais o corpo negro não tem valor e deve ser rejeitado, gerando na população negra uma abjeção a eles próprios. Porém, com o passar dos anos e de lutas, duas autoras importantes buscam reestruturar esse pensamento a partir de uma valorização da negritude para romper com o imaginário branco que a população negra se baseia quando se procura uma ascensão social.
As autoras trbalhadas são Lélia Gonzalez, e Neusa Souza Santos, ambas trabalhando a psicanálise em relação à raça, mas o diferencial deste trabalho é como as duas tiveram uma co-produção, conteúdo que tive contato em uma matéria do mestrado, onde a autora trabalhada fou Sheila Jasanoff, o quel é um pensamento utilizado nas ciências, o qual quando se produz ciência, se produz uma ordem social, e é justamente isso que eu procuro mostrar. Como as autoras mudaram uma ordem social, ou foram pioneiras nisso, através das ciências que elas fizeram, indo de encontro com a ordem social vigente que era racista.


Controvérsias acerca da implementação do ‘Uber moto’ no Brasil: perspectivas de autonomia no trabalho mediado por aplicativo – Carlos Eduardo Nazario Elias (UFRJ)

O trabalho se debruça sobre a implementação do serviço de transporte por motocicletas via aplicativos, popularmente chamado de ‘Uber moto’, nas cidades brasileiras. Tomando como base metodológica a cartografia de controvérsias, partimos de debates como o acerca da regulamentação ou proibição de tal serviço na cidade de São Paulo, que vem acontecendo na câmara legislativa municipal, bem como a disputa judicial sobre o enquadramento dos trabalhadores-usuários enquanto autônomos ou com vínculo empregatício reconhecido com as empresas que gerenciam os aplicativos, que vem tramitando no Supremo Tribunal Federal. Enquanto as empresas responsáveis pelo serviço definem sua função como a de conectar motoristas e passageiros, o que se observa é que esse a princípio simples ato mobiliza toda uma rede heterogênea de actantes que passa pelos motoristas, pelo sistema de saúde pública, pela mobilidade urbana e pelas arenas do direito. Ao se analisar os cenários e os arranjos que vão se produzindo através dessa mobilização, as alianças que vão se construindo e desconstruindo, se evidencia como a implementação do serviço articula diversos actantes em um faz-fazer que coloca em tensionamento entendimentos acerca de direitos trabalhistas, autonomia e a própria cidade. As estabilizações que vão se formando, ainda que de forma precária, produzem um certo tipo de trabalhador tanto quanto um certo tipo de cidade. Se mostra interessante para a psicologia participar desses debates, se articulando nas arenas de disputa e trazendo suas contribuições para a construção de uma cidade mais habitável.


Entre (en)cantos e ciências: mulheres-medicina e terapias psicodélicas no uso ritual da Ayahuasca em contextos urbano – Ana Carolina de Andrade Evangelista (UFES), Eliana Santos Junqueira Creado (UFES)

Este estudo explora rituais ayahuasqueiros conduzidos por mulheres-medicina em contextos urbanos, situando-se na interseção entre terapias psicodélicas e práticas não-hegemônicas de saúde. O objetivo é investigar de que modo essas mulheres engendram processos de decolonização do conhecimento no devir-com as medicinas da floresta, cantos e encantamentos, tensionando as abordagens tecnocientíficas dominantes no campo da saúde. Adotamos a abordagem etnográfica e a realização de entrevistas semiestruturadas com lideranças femininas de grupos ayahuasqueiros na região metropolitana de Belo Horizonte, MG. Amparada nos referenciais decoloniais, do multinaturalismo e do anarquismo ontológico, a pesquisa evidencia as ontologias e as terapêuticas que emergem da confluência de saberes tradicionais, práticas neoxamânicas e daimistas, tomando-as como verdades pragmáticas que possibilitam a conexão entre mundos. Os achados indicam um deslocamento da episteme de cura-cuidado em direção a uma ética relacional que imbrica as inter-relações multiespécie. Nesse sentido, as mulheres-medicina no fazer-com os cantos e as entidades vegetais operam encantamentos como cosmotecnologiascomplementares às racionalidades biomédicas hegemônicas. Essa coprodução de saberes tensionam as fronteiras entre ciência, técnica e espiritualidade, contribuindo para ampliar os debates sobre terapias psicodélicas e saúde mental, especialmente no que tange às práticas situadas. Portanto, o estudo reflete sobre outros modos de viver e curar em tempos de crises, resgatando caminhos para imaginar e criar futuros.


18/09/2025 – Sessão 02

  • Horário: 14:00 – 16:00
  • Local: Mirante do Rio – sala 306 (3o andar)

Impacto do diagnóstico de HIV/AIDS na saúde mental, estigma social e a coprodução da doença e do sujeito – Marco Antonio Gatti Junior (UFMG)

Este trabalho é parte de pesquisa de doutorado e aborda a Terapia Anti-Retroviral (TARV) e o diagnóstico de HIV/AIDS sob uma perspectiva antropológica e interseccional, destacando sua carga social, relação com a biopolítica e o papel na coprodução da doença e do sujeito que vive com HIV/AIDS (PVHA). A construção social do HIV é marcada por estigmas relacionados à sexualidade, moralidade e marginalização, especialmente entre populações vulneráveis, o que impacta significativamente a saúde mental das PVHA. O diagnóstico muitas vezes reforça o estigma, gerando ansiedade, medo e isolamento, dificultando a adesão ao tratamento e o bem-estar psicológico. A análise critica o paradigma positivista, que reduz o sujeito ao corpo biológico, ignorando aspectos subjetivos, culturais e sociais. As antropólogas da ciência principalmente, ressaltam a performatividade da doença, que “fazem” a doença e influenciam narrativas pessoais. A carga social da TARV, portanto, é uma construção que afeta a percepção de si e a saúde mental. A falta de informação, o estigma moral, além da marginalização, contribuem para resistência ao tratamento. A medicação atua na produção de novas realidades, podendo reforçar o estigma. O trabalho destaca a necessidade de estratégias que considerem aspectos culturais e subjetivos, promovendo uma abordagem humanizada e interseccional para desconstruir o estigma, ampliar o acesso ao tratamento e cuidar da saúde mental das PVHA. Reconhecer a agência da TARV na coprodução da doença é fundamental para políticas públicas mais inclusivas e sensíveis às dinâmicas sociais.


Sofrimento mental e (in)visibilização da Covid Longa – Vitor Simonis Richter (Fiocruz)

A pandemia de Covid-19 marcou de forma indelével as vidas dos brasileiros e brasileiras. Os mais de 700 mil óbitos confirmados marcam com luto as histórias particulares de indivíduos e as histórias coletivas de famílias, das infraestruturas de saúde e da nação. Estas marcas e seus efeitos, mesmo sendo vividos e experienciados de forma múltipla e desigual, dificilmente são negligenciadas e colocadas em dúvida hoje. O que tem sido colocado em dúvida são os efeitos prolongados que a infecção pelo vírus SARS-CoV-2 pode provocar nos corpos humanos que sobreviveram à infecção. Apesar disso, as pessoas que sofrem com uma pletora de sintomas persistentes, intermitentes e debilitantes já descrevem e nomeiam sua condição: Covid Longa. Nesta comunicação apresento os contornos iniciais de uma pesquisa sobre como instabilidades na definição e no manejo das manifestações persistentes da Covid-19 impactam a vida das pessoas acometidas pela doença. A partir de narrativas de pacientes brasileiros e estrangeiros, realizo um breve mapeamento de queixas e experiências relacionadas com problemas sobre dificuldades de memória, com o sono, concentração, depressão e ansiedade, especialmente enquanto elementos importantes para marcar o aspecto crônico desta nova nosologia. Desta forma, esta comunicação busca contribuir para e buscar inspiração nos estudos sobre dispositivos psis que este GT busca reunir.


Gestão do trabalho, suicídio, tecnologia: Uma análise documental das práticas de prevenção do suicídio – Iago Natividade (UTFPR), Maria Sara de Lima Dias (UTFPR)

Neste artigo se buscou discutir e realizar uma reflexão sobre a gestão do trabalho e a prevenção do suicídio a partir de programas de saúde mental no Brasil. Trata-se de um estudo baseado na psicologia histórico cultural e no campo CTS, no qual se privilegia na pesquisa sobre a temática através da análise documental. Sabe-se que a legislação pode ter um impacto significativo na prevenção do suicídio, ao estabelecer diretrizes e responsabilidades bem como ao promover uma cultura de conscientização. Atualmente no Brasil a nova Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho correlaciona o suicídio como decorrente ou um agravo por aspectos laborais, nesta mesma linha, o Brasil atualiza a norma regulamentatória nº 1 obrigando as empresas a informar aos órgãos competentes sobre como avaliam e gerenciam os riscos psicossociais que afetam os trabalhadores, a implementação de políticas e programas específicos, juntamente com a oferta de recursos e apoio psicológico, pode reduzir o estigma associado a problemas de saúde mental e ao suicídio, promovendo a qualidade de vida. Como considerações finais observa-se que os programas de saúde mental e prevenção do suicídio ao serem compreendidos como tecnologias de gestão do trabalho, podem definir padrões de comportamento para a promoção da saúde, mas se faz necessário romper com padrões biológicos e psiquiátricos da compreensão saúde-doença desses programas, trazendo para essas intervenções uma concepção de saúde-doença como processo dinâmico, histórico, cultural, social e tecnológico do contexto do trabalho.


Políticas públicas de saúde mental: os desafios da Ciência, Tecnologia e Inovação nos serviços da Rede de Atenção Psicossocial no município de São Paulo- SP – Maycon Leandro da Conceição (UFSCAR), Nathália Gonçalves Zaparolli (UNESP)

Esta pesquisa visa analisar as políticas públicas de saúde mental, destacando as experiências das estratégias de desinstitucionalização das pessoas egressas dos hospitais psiquiátricos e dos manicômios judiciários. Propomos reflexões em torno da Ciência, Tecnologia e Inovação no campo da saúde mental, enfatizando os desdobramentos da CT&I na vida cotidiana dos serviços por meio das práticas de cuidado, saberes, profissionalização, movimentos artísticos-culturais e da biomedicalização. Assim, partimos dos pressupostos da reforma psiquiátrica, como as transformações das instituições psiquiátricas, processo de saúde-adoecimento e questionamentos dos saberes biomédicos como produções formas de subjetividades e promoção de saúde. Nesta seara, também trazemos debates em torno da precarização das condições de trabalho, violências e de estigmatização das pessoas em processo de desinstitucionalização. Trata-se de uma etnografia realizada na RAPS em São Paulo- SP, enfatizando a assistência e tecnociência em interseccionalidade com gênero, raça classe. No Brasil, o modelo manicomial produziu privação de liberdade e institucionalização da loucura. Hoje, o movimento antimanicomial é crucial para o questionamento do saber biomédico, da psiquiatrização como diagnósticos e subjetivação. Almejamos reflexões entre a Ciência Política e CT&I entrelaçado com as políticas púbicas, reconhecimento de memórias e ações emancipatórias da inclusão das tecnologias psicossociais, trabalho e direito à cidade. Conclui-se, ações de contrarreforma psiquiátrica sob hegemonia neoliberal.


19/09/2025 – Sessão 03

  • Horário: 13:30 – 15:30
  • Local: Mirante do Rio – sala 306 (3o andar)

Objetivar o subjetivo: estudo de caso sobre a psicologia brasileira (1940-1960) – Rafael de Andrade (UNIFESP)

Este trabalho analisa a constituição social da psicologia no Brasil entre as décadas de 1930 e 1960, a partir do surgimento de um espaço intelectual híbrido, onde se entrelaçam práticas técnicas, trajetórias intelectuais e projetos políticos de intervenção sobre a subjetividade. O objetivo é compreender como a psicologia, ainda sem se consolidar como campo científico autônomo, passa a atuar como tecnologia de gestão dos indivíduos, articulando-se às demandas “modernizadoras” do Estado brasileiro e à ascensão de novos grupos intelectuais. Para tanto, combina-se a análise prosopográfica de trajetórias intelectuais com a reconstrução das redes institucionais em que se inserem, explorando arquivos pessoais, documentos institucionais e material técnico-propagandístico da época. Os resultados mostram que a psicologia se consolidou como mediação entre diferentes domínios (educação, saúde pública, administração, religião e família) – tornou-se, ao mesmo tempo, via de reconhecimento; inserção intelectual para grupos historicamente dominados (como mulheres, imigrantes e pessoas racializadas), e ferramenta para práticas normativas de classificação e correção de condutas. Conclui-se que o desenvolvimento da psicologia no período estudado não pode ser compreendido apenas como institucionalização acadêmica, mas como parte de um regime de subjetivação onde ciência, técnica e moral se fundem na produção de expertise e intervenções públicas sobre o sofrimento, o comportamento e a vida social.


Contexto pra lá, contexto pra cá: contribuições antropológicas para a formação de psicólogos-psicoterapeuta – João Paulo Siqueira de Araújo (UNB)

Este paper pretende discutir possíveis contribuições da ciência antropológica para a formação de psicólogos, em especial no que se refere à atenção ao contexto sociocultural para um cuidado racializado em saúde mental. Como recorte de uma investigação etnográfica de maior escala junto a um grupo de estágio e serviço de psicoterapia racializada, analiso os documentos que regem a formação de psicólogos em uma universidade do centro-oeste brasileiro, especificamente, o Projeto Pedagógico do curso de Psicologia (PPC). Na análise deste documento, identifiquei e estranhei determinadas imposições de significação, como na demasiada utilização da palavra “contexto”, usado de forma ambígua, ora se referindo a ambiente, ora como sinônimo de cultura. A partir desta identificação, argumento que determinados dispositivos ético-metodológicos, como a desnaturalização, levar o outro a sério e o relativismo, são características da antropologia e podem contribuir para a formação de profissionais da saúde mental. Portanto, aposto na antropologia, enquanto disposição reflexiva, que não oferece respostas manualísticas, mas que pode gerar perguntas transformadoras, para potencializar a comunicação entre alteridades, a mediação diplomática entre mundos e um cuidado em saúde mental que ressoa com o contexto sociocultural, que seria, então, racializado.


Sintoma, transtorno, neurose: que papel ocupa o discurso da psicopatologia nas diversas equipes da Divisão de Psicologia Aplicada da UFRJ? – Arthur Arruda Leal Ferreira (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Isis Kaory Costa (UFRJ), Giulianna Ribeiro de Sousa (UFRJ)

Nossa pesquisa tem como campo de estudo a Divisão de Psicologia Aplicada da UFRJ, na qual ocorrem os estágios clínicos com equipes de diversas abordagens psicológicas. Assim, busca-se observar as diferentes formas de articulação entre essas equipes, em que emergem controvérsias oriundas de seus modos de atuação e de concepção da prática terapêutica. Essa rede traz à cena, de modo plural, a produção de subjetividades e de mundos que são aí gerados entre pacientes, estagiários, supervisores, espaços clínicos, grades curriculares, etc. Com o objetivo de destacar estas redes, a pesquisa tem se desenvolvido por meio de relatos de campo que se dão a partir da observação das reuniões de supervisão das equipes de atendimento clínico presentes na instituição. Para tanto, são utilizadas como referencial para o trabalho de campo a Teoria Ator-Rede e a Epistemologia Política, além da metodologia etnográfica. De modo mais específico, este trabalho tem como objetivo desenvolver uma análise acerca de como as distintas formas clínicas se entrelaçam com as práticas e os conceitos psicopatológicos. Cada abordagem parte de uma concepção própria de sofrimento psíquico, operando com dispositivos conceituais que direcionam a intervenção clínica. Ao colocar as abordagens psicológicas em cotejo, busca-se compreender como os modos de pensar a patologia interferem diretamente nos processos de subjetivação implicados na supervisão clínica. Isso significa investigar não apenas os efeitos sobre a técnica, mas, sobretudo, sobre a constituição do sujeito clínico e seus modos possíveis de expressão.


Devenires de lo terapéutico: ontologías, hibridaciones, territorialidades y subjetivaciones. – Jorge Chavez (Facultad de Psicología- Universidad de la República)

Este trabajo se enmarca en los estudios sobre las culturas terapéuticas desde un enfoque sociomaterial y con interés en las prácticas de los profesionales de la psicología en Uruguay. En un estudio que iniciamos en el 2023 nos abocamos a analizar el estado actual de la psicología clínica en Uruguay caracterizando el ejercicio psicoterapéutico de profesionales de la psicología. Se relevaron sus trayectorias formativas, el repertorio teórico-conceptual y el modo de aplicación en la práctica. Se optó por un diseño cualitativo de tipo exploratorio-descriptivo que constó de tres etapas: sistematización de páginas web, entrevistas en profundidad y aplicación de formularios, finalizando con una etnografía virtual. Codificamos y categorizamos las entrevistas con apoyo del software MaxQda. Presentamos resultados sobre 5 categorpias elaboradas en el estudio: formación, práctica psicoterapéutica, entornos psicoterapéuticos amopliados,subjetividad, veridicción. Se evidencia la innovación de los espacios y las modalidades de atención tradicionales, así como la hibridación de perspectivas, objetos técnicos y conceptuales, instrumentos y propósitos terapéuticos, ampliando los recursos y territorialidades de los entornos terapéuticos. Se concluye que no obstante la preeminencia del saberes formalizados en corrientes disciplinares como el psicoanalisis, gestalt o cognitivo conductual hasta mediados de la década de 1990, en la actualidad se comienza a configurar un entorno terapéutico ampliado, que configura un ejercicio y circulación caracterizado por un carácter híbrido y experimental.

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