Resumo:
A proposta deste 11° Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Sociedade e as últimas provocações de Bruno Latour se aproximam. Se o momento é oportuno para pensarmos sobre o desenvolvimento científico e tecnológico e a urgência das questões ambientais, temos clareza de onde e como devemos aterrar? A obra deste autor convida ao exercício intelectual para a elaboração de descrições cada vez mais detalhadas das relações entre ação política e conhecimento científico. Tais descrições devem facilitar a compreensão da realidade revelando a fragilidade dos modernos quanto à autonomia das ciências e favorecendo, ao mesmo tempo, a ação coletiva na composição do mundo comum. Diante disso, o objetivo deste GT é reunir trabalhos que tenham encontrado na Teoria Ator-Rede, e outras que dialogam com ela, um caminho para compor tal desafio, ou seja, saber aterrar diante da urgência climática. Sabemos que os estudos sobre laboratórios impulsionaram o desenvolvimento da Teoria Ator-Rede, mas nos interessa saber o que acontece no encontro entre as pesquisas dos cientistas dos laboratórios (“naturais” ou “sociais”) com os pressupostos dessa teoria. Quais questões são colocadas? Seus objetos de estudo originais tornam-se eles próprios laboratórios? Como cada um deles “faz-fazer”? Qual relação se estabelece com a produção da realidade concreta? Acreditamos que devemos produzir conhecimento para um desenvolvimento ambientalmente sustentável e contraposto à insustentabilidade provocada pelo capital, desde que isso signifique proteger a “diversidade de status ontológico contra a ameaça de sua transformação em fatos e fetiches, crenças e coisas” (Latour, 2001, p. 332).
Coordenadoras: Viviane Fernandez de Oliveira (Universidade Federal Fluminense), Edilaine Albertino de Moraes (UFJF), Florence Mendez Casariego (UERJ)
Debatedora: Fátima Teresa Braga Branquinho (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
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