Resumo:
Desde o final da década de 1970, quando se registraram os primeiros estudos no campo da Antropologia da Ciência e da Tecnologia, a área tem experimentado um crescimento significativo. Se no início o campo era marcado pelos Estudos de Laboratório, nos dias atuais, existe uma soma de grande diversidade de temas e abordagens metodológicas. Em linha com o momento atual, este grupo de trabalho acolhe trabalhos amparados em etnografias de centros de pesquisa; em redes tecno-científicas; em pesquisas centradas nas materialidades e análises de controvérsias sociotécnicas; assim como em temas clássicos do campo. Porém, também serão objeto de nossa atenção as reflexões sobre as interfaces entre ciência e outros regimes de conhecimento. Nosso convite é “ficar com o problema”, contribuindo para as reflexões sobre narrativas alternativas e a complexidade das fabulações especulativas. Desta maneira, acolhemos as leituras sobre as conexões entre os estudos CTS, os estudos de gênero e as relações étnico-raciais, de forma ampla, além das discussões sobre a ciência e o antropoceno. Adicionalmente, nos interessam os debates sobre a produção de conhecimento científico em contextos ditos periféricos, as investigações sobre os saberes indígenas e quilombolas, e as etnografias entre coletivos que antagonizam com os cientistas e que são, assim, proponentes de ideias negacionistas e conspiratórias. Em suma, o GT abrirá espaço para trabalhos antropológicos, e antropologicamente orientados, sobre a prática científica, seus tensionamentos internos e as relações com suas fronteiras.
Coordenadores: Rafael Antunes Almeida (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), Daniel Alves de Jesus Figueiredo (Universidade Federal de Minas Gerais)
Debatedores: Guilherme José da Silva e Sá (Universidade de Brasília),Flora Rodrigues Gonçalves (Fiocruz)
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