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OF 1 – Ciência, tecnologia e finanças solidárias: do Palmas Card ao Palma Solar, em busca de uma transição energética justa, comunitária e popular

Em diálogo com os desafios das emergências climáticas e da inclusão socioeconômica, a presente oficina está ancorada nas experiências/vivências brasileiras da Rede Brasileira de Bancos Comunitários. Tais bancos tiveram sua primeira experiência em 1998 no Conjunto Palmeiras (periferia de Fortaleza, Ceará), por meio do Banco Palmas. Este foi resultado de um processo que envolveu uma pergunta geradora, “Por que somos pobres?”, e um diagnóstico de que o motivo estaria ligado à “perda das poupanças locais dos moradores” para o mercado externo ao território. A partir daí, os Bancos Comunitários de Desenvolvimento (BCDs) brasileiros historicamente construíram/descobriram/inventaram dispositivos como o das moedas sociais (válidas em um território restrito e com paridade com o Real, incentivam o consumo local) e o do microcrédito (ferramenta que auxilia, por exemplo, a diversificação da produção da região).

Se 25 anos atrás o Conjunto Palmeiras construiu uma (hoje reconhecida) tecnologia social que revolucionou as finanças solidárias no Brasil com uma brincadeira/ de “colocar rolhas em um balde furado” (metáfora para o desafio de impedir que as riquezas comunitárias escapem do território), hoje esta mesma tecnologia começa a ser reaplicada no contexto da crise climática-energética que enfrentamos: a Rede Brasileira de Bancos Comunitários está colocando mais uma rolha para que parte da riqueza local das comunidades não seja capturada pelo mercado de energia, por meio da proposição de um arranjo sociotécnico que inclui energia renovável e com moeda social. Como disse um vereador de Fortaleza em uma audiência pública sobre energia comunitária: “vocês estão trazendo uma solução para o problema do fim do mês e do fim do mundo”.

A oficina será dividida em duas partes principais: na primeira, examinaremos as experiências brasileiras e internacionais. Trataremos inicial e brevemente de “desbloquear os imaginários” acerca do dinheiro como artefatos modernos, passando pela diversidade de possibilidades de suas configurações. Buscaremos resgatar o histórico dos BCDs enquanto novidades (“objetos novos”) conectadas à noção de economia solidária, buscando estabilizar-se em meio a controvérsias e parcerias com o poder público. Ressaltaremos então as reconfigurações em suas redes, a partir do processo de digitalização de suas moedas sociais (originalmente em papel) e a concretização de parcerias com prefeituras, com a criação de “moedas e bancos municipais”. Por fim, examinaremos as recentes experiências de conexão dos dispositivos acima com a instalação de placas solares geridas por BCDs, e a emergência das “moedas fotovoltaicas”.

A segunda parte da oficina será destinada à revisão/construção/configuração de modelos de redes comunitárias reunindo atores como BCDs, usinas solares solidárias, linhas de microcrédito e moedas sociais. Tais redes poderão incluir ainda outros atores, tais como universidades, empresas públicas e órgãos governamentais de apoio à economia solidária. Ao final, a oficina deverá produzir documentos que apontam na direção de modelo(s) de negócios solidários sustentáveis envolvendo moedas sociais digitais e energias renováveis, situando o debate sobre uma transição energética justa e popular de forma conectada com as experiências revisitadas.

Sugerimos que a oficina tenha duração de aproximadamente 3h, sendo realizada em uma manhã ou tarde. Ela deverá contar com a participação de ao menos três bancos comunitários, e possibilitará aos inscritos uma visita de campo opcional ao Banco Tupinambá, situado na Ilha de Mosqueiro ( Baía do Sol).

Luiz Arthur Silva de Faria PESC/COPPE/UFRJ
Henrique Luiz Cukierman Programa de Eng. de Sistemas e Computação-COPPE-UFRJ
Ricardo Jullian da Silva Graça UFRJ

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