As formas como fazemos pesquisa são profundamente atravessadas por todos os marcadores sociais que nos são impostos – como gênero, raça, classe, sexualidade, território e outros eixos de diferenciação historicamente construídos. Reconhecer e admitir tais atravessamentos configura-se como honestidade intelectual e pode impulsionar a proposição de metodologias, teorias e tecnologias convergentes com a vida. Esta Mesa Redonda propõe um espaço de encontro, escuta e diálogo em torno de pesquisas situadas, de experiências que se comprometem com metodologias criativas e de modos de fazer pesquisa que permitam articular interdisciplinaridades e promover transformações sociais, políticas e econômicas. Nos interessa pensar: Como metodologias feministas, decoloniais, queer, antirracistas e outras práticas contrahegemônicas reinventam a construção de conhecimentos? Que experimentações metodológicas emergem dentro de campos interdisciplinares como o campo CTS no Brasil e na América Latina combinando pesquisa, ativismo, extensão e fabulações políticas? Como enfrentar os desafios éticos, políticos e institucionais de pesquisas comprometidas com a desestabilização de hegemonias? Discutiremos essas questões a partir de trabalhos desenvolvidos junto com grupos de pesquisa feministas e antirracistas em Abya Yala, pesquisa com drones feministas utilizados para a conservação de florestas e defesa territorial, e a produção do conhecimento científico desde a Amazônia, dialogando sobre a relação sujeito e objeto a partir da produção e do uso de podcast.
Fernando Monteiro Camargo (Coordenador) | UNICAMP |
Monica Amador Jimenez (Expositora) | Universidad de Exeter |
Luciene de Oliveira Dias (Expositora) | UFG |
Ramon Pereira dos Reis (Expositor) | UEPA |
Graciela Froehlich (Debatedora) | UNB |